Friday 4 December 2020

Aloe Vera [Barbadensis]

Aloe [Barbadensis] Vera, também conhecida por babosa no Brazil, é uma espécie de planta suculenta do gênero Aloe, originária do Sul de África e de utilização milenar.


Conhecida entre os egípcios como a planta da imortalidade, a Aloe vera é uma das plantas medicinais mais procuradas e que mais facilmente pode ser incluída na nossa rotina diária. Segundo reza a história, diz-se que já Cleópatra utilizava o gel extraído desta planta para se proteger dos intensos raios de sol do Antigo Egipto, protegendo assim a sua beleza e juventude. Segundo alguns historiadores, Aristóteles terá persuadido Alexandre Magno a conquistar a ilha de Socotorá, ao largo da costa leste africana, por aí abundarem as aloes em quantidade suficiente para poder tratar os ferimentos dos seus soldados. Afirma-se aliás que, na Segunda Guerra Mundial, alguns sobreviventes às explosões atómicas de Hiroshima e Nagasáqui, utilizaram o aloés no tratamento das queimaduras provocadas pela radiação.


Descrição

Aloe vera é uma planta com caule curto ou longo, que cresce de 0,6 m até 2 metros de altura, multiplicando-se por brotamento. As folhas são grossas e carnosas, de cor verde a cinza-esverdeado, com algumas variedades mostrando manchas brancas nas superfícies superior e inferior das folhas. A borda da folha é serrilhada e tem pequenos dentes ou espinhos. As flores são produzidas no verão em uma espiga de até 1 m de altura, cada flor sendo pendente, de cor amarela e formato tubuloso de 2-3 cm de comprimento. Como outras espécies do gênero, Aloe vera forma micorriza arbuscular, uma simbiose com um fungo, que permite à planta um maior acesso a nutrientes minerais no solo


Cultivo

Cresce selvagem em climas tropicais ao redor do mundo e é cultivada para usos agrícolas e medicinais. Também é usada para fins decorativos e cresce com sucesso dentro de casa como uma planta em vaso.


Aloe vera é amplamente cultivada como ornamental, sendo popular entre os jardineiros modernos como uma planta medicinal e por suas flores, forma e suculência interessantes. Esta suculência permite que as espécies que a possuam sobrevivam bem em áreas com pouca chuva, tornando-se ideais para jardins com baixa utilização de água. A espécie é de zona de rusticidade 8–11, e é intolerante à geada e neve pesadas. Ela é relativamente resistente à maioria das pragas de insetos, embora ácaros, insetos e pulgões possam causar um declínio na saúde das plantas.


Em vaso, a espécie requer um solo bem drenado e arenoso e condições luminosas e ensolaradas. Suas folhas podem queimar sob muito sol ou murchar quando o vaso não drena a água. Recomenda-se o uso de uma mistura de propagação comercial de boa qualidade ou de "mistura de cactos e suculentas" embalados, pois permitem uma boa drenagem. Vasos de terracota são ideais por serem porosos. Plantas envasadas devem ser regadas só quando a terra estiver seca. Quando colocada em vaso, pode ficar com muitos "brotos" que crescem dos lados da "planta-mãe". As plantas nesta condição devem ser divididas em vários vasos, para maior crescimento e ajudar a prevenir infestações de pragas. Durante o inverno, Aloe vera pode ficar "adormecida", durante o qual é necessária pouca umidade/rega. Nas áreas que recebem geada ou neve, a espécie é melhor mantida em ambientes fechados ou protegidas.


Nutrição

As suas folhas consistem em 95% de água e em 5% de componentes activos. É antioxidante, antibacteriana, cicatrizante, depurativa e tonificante. Das folhas suculentas desta planta é possível extrair duas substâncias principais que é necessário saber distinguir: o azebre/seiva/latex e o gel.


A primeira, obtém-se incisando a superfície das folhas de onde jorra uma seiva viscosa de cor amarelada e de sabor amargo. Esta substância contém cerca 20% de aloína, uma antraquinona que, embora possa provocar alergia em alguns casos, em quantidades adequadas, pode facilitar a digestão e actuar como laxante ou até como purgante. A dose máxima não deverá, no entanto, exceder as 500mg/dia. Por outro lado, esta substância (azebre) não deve ser utilizada por mulheres grávidas ou durante o período menstrual, nem é recomendável para quem sofra de hemorróidas, pelo facto de poder provocar o seu sangramento. Geralmente, é aconselhável retirar esta parte, existem para tal várias formas, desde pendurar as folhas ou colocá-las em água, como se demonstra no vídeo mais abaixo.


A outra substância, a mais utilizada e que se extrai da polpa das folhas carnudas do aloés é o gel. Da sua composição fazem parte, entre outras, enzimas, minerais, aminoácidos, vitaminas do complexo B, polissacarídeos, bem como uma substância chamada Acemanana que se pensa estimular as defesas imunológicas, estando a ser levados a cabo estudos sobre a acção desta em certas doenças como o cancro. Contém ainda fortes antioxidantes, fundamentais para garantir o correto funcionamento do nosso organismo. Estes pertencem a uma família de substâncias conhecidas por “Polifenóis”, particularmente úteis no combate a infecções. Sendo utilizada em casos de úlceras gastroduodenais e inflamações das mucosas do aparelho digestivo.


Mais comprovadas são, no entanto, as propriedades cicatrizantes e regeneradoras deste gel:

Retarda o envelhecimento da pele, previne as rugas e estrias, melhora a elasticidade da pele, combate as irritações e as dermatites, estimulando e fortalecendo as fibras de colagénio e elastina, sendo  extremamente útil para a redução da vermelhidão da pele e para assegurar uma maior hidratação das células cutâneas. A sua utilização diária hidrata e suaviza a pele, atuando como um excelente regenerador celular.


Graças à sua elevada penetração na pele é um potente cicatrizante, curando queimaduras graças às suas propriedades anti-inflamatórias que desinflamam as zonas afetadas. Para além de ter um efeito refrescante, elimina ainda as células mortas da pele e favorece a saúde dos tecidos protegendo-a dos danos provocados pelos radicais livres. Além disso, é anti-inflamatório, ou seja, pode utilizar-se como gel de massagem para mitigar desconforto muscular.


É ainda utilizada no cuidado do cabelo e das unhas assim como no  tratamento de aftas e na redução

da placa bacteriana.


Utilização


Para aceder ao gel contido na planta, só tem de cortar um pedaço pequeno da folha e retirar-lhe a pele e os espinhos laterais. Aí poderá encontrar um tecido gelatinoso e transparente. É bastante aconselhável retirar uma espécie de óleo amarelo (aloína) que pode ser irritante para a pele.


Esta gelatina pode ser aplicada diretamente sobre a pele, ou na zona a tratar, por exemplo sobre uma queimadura ou ferida já fechada, fornecendo múltiplos compostos nutritivos à pele. A sensação que temos é de frescura e leveza. Este método faz com que as suas propriedades não se percam e os seus múltiplos compostos nutricionais atuem melhor sobre o tecido.


O mais recomendável é cortar uma folha completa, uma das mais externas da planta, e guardar no frigorífico a parte que não for utilizar imediatamente. Também pode preparar um sumo com o resto no liquidificador para criar uma pasta homogênea e, então, guardar no congelador em cuvetes de gelo.


Partilhamos alguns videos que demonstram este processo e diferentes usos:


  



Receitas

Esfoliante para o Couro Cabeludo

1 colher (sopa) de açúcar mascavo

2 colheres (sopa) de gel de babosa


Misture bem os ingredientes em um recipiente.  Divida os cabelos em duas partes e aplique o creme em todo o couro cabeludo com movimentos circulares e suaves.  Coloque uma touca e deixe agir por 10 minutos. Lave os fios como de costume e deixe secar naturalmente.


Condicionador de Aloe Vera e Óleo de Coco

3 colheres de sopa de babosa

3 colheres de sopa de óleo de coco


Aquecer em banho maria, até que o óleo esteja derretido. Misture os ingredientes. Use um processador de alimentos ou o liquidificador para misturar bem. Aplique nos cabelos úmidos, e deixe descansar por 15 minutos antes de enxaguar.


Máscara para Pele Oleosa e com Acne

1 colher (sopa) de argila

1 colher (sopa) de babosa (gel liquido)

3 gotas de óleo essencial de Tea Tree


Misture bem os ingredientes e passe na pele já limpa. Deixe agir até secar e enxágue com água fria.


Máscara para Peles Secas e Maduras

1 colher (sopa) de argila

1 colher (sopa) de babosa (gel líquido)

3 gotas de óleo essencial de lavanda

1 colher (café) de óleo de rosa mosqueta


Misture bem os ingredientes e passe na pele já limpa. Deixe agir até secar e enxágue com água fria.


Bebida Antioxidante Excelente para Pele

Sumo de 3 laranjas

2 cenouras

1 colher (sopa) de linhaça

50ml polpa (gel) da aloe vera sem casca


Bata todos os ingredientes no liquidificador e sirva em seguida.



Fontes:

https://www.salamongallery.com/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Aloe_vera

https://centradaemsi.pt/beneficios-da-aloe-vera-na-pele/

https://belezaesaude.com/receitas-babosa-pele-cabelos/

https://www.celeiro.pt/cuide-de-si/temas-de-saude/aloe-vera

https://www.lidl.pt/cien/rituais-de-beleza-cien/os-beneficios-da-aloe-vera-para-a-pele

https://foreveryoung.sapo.pt/toda-a-verdade-sobre-a-aloe-vera-conheca-os-seus-beneficios-e-propriedades-unicas/






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